Você certamente já ouviu esta história: um negócio muito promissor, que tinha excelente movimento e parecia estar indo muito bem, fecha de repente. “Como pode ter fechado?”, é o que você — e todo mundo — pensa. Na maioria das vezes, a resposta está em uma gestão financeira ineficiente.

Um dos caminhos mais seguros para que um negócio fique longe desse mesmo destino é contar com um profissional com MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria, curso que desenvolve as habilidades necessárias para que o gestor cuide bem da saúde financeira do empreendimento.

Tem curiosidade de saber por que as empresas buscam profissionais com essa formação e a diferença que um MBA faz no mercado de trabalho? Está tudo descrito e detalhado em nosso post! Acompanhe!

O cenário de gestão financeira das empresas brasileiras

Não é novidade para ninguém que períodos de crise recrudescem a situação do mercado. Menos empresas contratam, os salários ficam menores e muitos bons profissionais acabam perdendo seus empregos e ficando disponíveis no mercado. O resultado disso é uma competitividade cada vez maior, pois é preciso se diferenciar dos tantos em busca de uma nova oportunidade.

O cenário fica mais competitivo para as empresas também: com menos crédito disponível no mercado e uma economia desacelerada, a corrida para fechar negócios torna-se mais acirrada.

Como se esse contexto, por si só, já não representasse um desafio grande o suficiente, as recentes mudanças legislativas no que diz respeito ao setor contábil no Brasil podem colocar muitos gestores menos atualizados de cabelos em pé!

É preciso estar atento e entender bem as novas leis que dizem respeito a reconhecimento de receita, instrumentos financeiros e contratos de arrendamento para não correr o risco de incorrer em nenhuma ilegalidade, nem perder oportunidades de fechar grandes negócios por isso.

Por conta da complexidade de cenários em que vivem as organizações brasileiras, hoje, as empresas precisam de bons especialistas em compliance — profissional responsável por garantir que a firma está em conformidade com as leis e com os regulamentos internos e externos.

Isso significa observar as normas dos órgãos reguladores, mas também as próprias diretrizes internas, que impactam diretamente na gestão financeira e na qualidade do produto ou serviço oferecido.

Apesar de a atividade estar em voga nos últimos anos, os controladores e contabilistas mais tradicionais afirmam que a compliance já é uma prática antiga — e que sempre esteve relacionada à auditoria interna da companhia. Agora, portanto, parece ser o momento ideal para reforçar essa ideia e investir em uma carreira como especialista nesse assunto.

A observância das regras internas e externas deve vir acompanhada do planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal. Essa é uma ferramenta indispensável para a saúde da empresa. O Brasil tem uma taxa de impostos muito alta. Portanto, é vital que a organização consiga fazer uma projeção de suas atividades econômicas, para avaliar as alternativas existentes dentro da legislação vigente, de forma a pagar a menor taxa de impostos possível.

Todos esses tópicos estão em alta no universo da gestão financeira — e um bom gestor precisa estar por dentro desses assuntos para tomar as melhores decisões para sua empresa. Aí pode estar a chave para que a sua organização consiga sobreviver às crises.

Como não ser refém das crises e prosperar em qualquer época

A avaliação cautelosa dos gastos e dos ganhos vai permitir uma análise do que está acontecendo no momento atual da empresa, com base na linha histórica de dados. Essa investigação fornece informações para que a companhia possa embasar as decisões e entender se é o momento de fazer escolhas mais conservadoras — ou se é possível arriscar.

O uso de ferramentas e metodologias mais modernas de gestão otimiza ainda mais esses processos. Alguns exemplos de tendências para a área de gestão financeira são:

Inteligência exponencial

As novas soluções em Tecnologia da Informação mudaram não só a forma de criar produtos, mas também a maneira de pensar os processos. Essa tendência ficou conhecida como inteligência exponencial. Trata-se do uso de ferramentas e soluções em TI que se enraízam na organização e mudam, de forma profunda, a forma como ela se organiza para o futuro.

Dark Analytics

Você já deve ter ouvido falar da deep web. Caso ainda não, podemos defini-la como uma internet que se esconde “por baixo” desta camada mais acessível, que vemos quando entramos em nossos browsers e fazemos uma busca no Google. Com sites que têm URLs programadas para não serem indexadas em mecanismos de busca, a deep web conta com todo tipo de informações e serviços.

Muitas vezes, esses conteúdos são usados para propósitos escusos — e até ilegais. Mas, como toda ferramenta, tudo depende do uso que se faz dela. Outra possibilidade de aplicação para os dados encontrados nesses sites é ajudar a compor o Big Data para uma análise mais completa e aprofundada sobre o mercado, que será usada para tomar grandes decisões na empresa.

A essa tendência da gestão financeira se dá o nome de Dark Analytics, que leva a análise de dados para um outro nível.

Rede neural

Conseguir desvendar os mistérios do cérebro e começar a aplicar os modos de funcionamento desse órgão complexo na programação de softwares é o futuro (não muito longínquo) da tecnologia. Enquanto isso não chega, já temos algumas máquinas que se inspiram no funcionamento do cérebro para operar.

No caso das redes neurais, os softwares são programados para avaliar dados de forma mais rápida e com menores chances de erros. Esse tipo de inteligência artificial possui unidades com a capacidade de processar dados de forma individual ou com interconexão com outras redes de dados. Unida à tendência do Dark Analytics, essa tecnologia pode abrir novas possibilidades para a empresa.

Blockchain

Se você é uma pessoa mais tradicional, provavelmente, ainda olha para as moedas virtuais — como a Bitcoin — com incerteza. Mesmo que você ainda não confie em fazer investimentos em aplicações do tipo, deve ficar atento às mudanças que essa nova forma de encarar o dinheiro está causando.

O blockchain é uma tecnologia desenvolvida para permitir o envio de moedas virtuais e registra as operações. Mais ou menos como um DOC ou um TED dos bancos convencionais, mas de forma mais barata, rápida e transparente.

Seu potencial disruptivo é tão grande que bancos e outras instituições financeiras já estão estudando a possibilidade de aplicá-lo a outras áreas, como nas transferências internacionais de dinheiro real. Por isso, é fundamental ficar de olho no avanço dessa tecnologia para sair na frente quando esses usos forem implementados.

Se você faz o estilo mais arrojado de gestor, já está na hora de começar a testar alguns investimentos em Bitcoin. Algumas grandes empresas do mundo, depois de reconhecerem a curva ascendente da moeda, já separaram uma parte de seus lucros para isso.

Ter domínio dessas novas linguagens, ferramentas e formas de pensar a gestão financeira é um caminho inovador e eficaz para superar a crise. Com essas metodologias, é possível avaliar os investimentos que a empresa deve ou não realizar, ter uma boa base de informações para fazer as escolhas com segurança, planejar as novas metas — e executá-las — e se prevenir diante de um cenário ruim.

Investimento no capital humano

Se você acredita que um MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria não é o melhor caminho, pois você prefere trabalhar com a gestão de pessoas, é melhor refletir antes de tomar a decisão!

Uma tendência que tem sido observada nas empresas mais preocupadas com o bem-estar de seus colaboradores e com a retenção dos talentos é a oferta da gestão financeira como um benefício.

Não entendeu nada? Explicamos: o endividamento é um problema de quase 60% dos brasileiros, segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os inadimplentes são quase um quarto (24,2%) da população.

Como é possível inferir a partir desses dados, as dívidas não atormentam a vida só de quem recebe muito pouco. Há pessoas de outras faixas salariais — algumas com remuneração até bem acima da média do país — que também enfrentam o problema.

Estar em débito afeta a vida da pessoa de diversas maneiras — e uma delas é a produtividade. Preocupado com a quantia que precisa pagar, o colaborador pode ficar mais disperso e não render no trabalho. Outra consequência dessa dinâmica é que o trabalhador estará sempre em busca de novas oportunidades. Afinal, ele pensa que, ganhando melhor, poderá quitar as dívidas.

Quem tem um pouco de noção de gestão financeira sabe que não é bem assim. É verdade que receber um salário maior — direto ou indireto — pode resultar em maior conforto e mais tranquilidade. Por outro lado, se a pessoa não sabe gerir os próprios gastos, ela continuará usando o dinheiro de forma pouco inteligente do ponto de vista das finanças pessoais e, em pouco tempo, deverá novamente.

Percebendo toda essa dinâmica, as empresas estão começando a oferecer um programa interno de mentorias de gestão de finanças pessoais para os colaboradores. Essa é uma maneira inteligente de resolver dois problemas: altas taxas de turnover e a baixa produtividade.

Portanto, se você se interessa mais pelo capital humano da sua empresa, esse é mais um motivo para se especializar em gestão financeira. Assim, você pode ajudar a equipe a se manter satisfeita, reter os talentos, melhorar o clima organizacional e ainda tem um efeito positivo na produtividade dos funcionários, impactando diretamente no desempenho geral da companhia.

A necessidade de ter alguém habilitado em finanças, controladoria e auditoria

Se você chegou até aqui, já conseguiu entender que as empresas precisam de profissionais qualificados para lidar com a gestão financeira. Em muitos casos, toda a organização pode depender disso.

Agora, é hora de entender melhor o que é cada uma das áreas envolvidas nessa atividade, que pode ser considerada o metabolismo de uma empresa:

Finanças corporativas

Nas décadas de 1980 e 1990, fazer a gestão financeira de uma empresa significava, de um lado, pagar fornecedores e, de outro, receber de clientes — a famosa dança das contas a pagar e contas a receber. Trinta anos depois, o perfil desse setor mudou muito — as ferramentas se modernizaram e os novos modelos de negócio demandam a execução de novas funções e tarefas.

Hoje em dia, para conseguir se destacar no mercado, não basta ser inovador no produto ou no serviço ofertado. É necessário inovar também no modelo de gestão do negócio, e isso inclui a forma como a empresa encara o seu tesouro.

Assim, as finanças corporativas, hoje, têm a missão de maximizar a valorização da empresa, além de administrar os riscos financeiros. Algumas dicas de gestão financeira de sucesso são:

  • trace seu planejamento em três níveis — estratégico, tático e operacional;
  • faça um monitoramento constante de como vão os investimentos e corrija a rota, caso algo fuja do esperado;
  • pelo menos duas vezes por ano, avalie a rentabilidade de seus produtos;
  • em empresas familiares, separe os ativos que são seus daqueles que são da empresa;
  • tenha um controle rigoroso de todos os gastos da organização.

Controladoria

Essa é uma área relativamente recente da gestão financeira. A controladoria nasceu da necessidade que as empresas começaram a sentir de ter um monitoramento constante de seus processos no que diz respeito ao tráfego de dinheiro dentro da organização.

Assim, essa área auxilia e orienta o empreendedor — e os demais gestores, no caso das grandes corporações — quanto à tomada de decisões. A controladoria fornece dados e informações ao gerente, para que ele tenha condições reais de fazer uma escolha operacional, tática ou estratégica em nome da empresa.

Como o próprio nome sugere, essa área está baseada no controle. Ainda que, em muitos contextos, essa palavra tenha uma conotação negativa, no cenário empresarial ter controle das coisas é uma virtude. Pense na empresa como um carro. Desgovernado, é um perigo!

O primeiro passo para estabelecer um processo de controladoria na organização é definindo os padrões de qualidade que nortearão a atuação de todos os departamentos. Essas diretrizes são tomadas sempre com base no planejamento e no orçamento. Depois, deve-se envolver todos os colaboradores, pois serão eles a fazer com que o plano não fique só no papel.

Essa observância constante dos padrões é fundamental para que a organização saiba se as metas do planejamento estratégico estão sendo atingidas — e para que os gestores tenham mais agilidade para mudar de direção, caso seja necessário. Isso pode evitar perdas de grandes somas de dinheiro, como pode também otimizar os ganhos.

Auditoria

Temida pela maioria dos profissionais que trabalham em empresas de grande porte, a auditoria ganhou a má fama sem merecê-la. O que essa área faz, na prática, é uma análise profunda da situação financeira da corporação.

Os especialistas examinam detalhadamente os documentos contábeis e as demais ferramentas de supervisão interna com o objetivo de identificar falhas de controle, irregularidades e até mesmo fraudes. Ou seja, só teme a auditoria quem não faz o trabalho de maneira correta, ética e transparente.

Apesar de deixar gestores e equipes apreensivos, esse processo é fundamental para a saúde financeira da empresa. Se a controladoria é o acompanhamento constante dos processos, a auditoria é como se fosse um exame de checape, para verificar se tudo está em seu devido lugar.

O processo garante maior transparência e fornece ao gestor informações confiáveis e isentas. Isso permite que ele saiba exatamente qual a realidade da organização para, então, tomar as melhores decisões. Com a auditoria, a empresa conhece os problemas a fundo — de onde eles vêm, quais as implicações e os riscos etc. A partir daí, o gestor poderá elaborar a melhor estratégia para lidar com o contexto.

Perfil do profissional

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, um MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria não é um curso restrito a quem já trabalha no setor financeiro. Profissionais com outras formações — médicos, engenheiros, advogados, jornalistas, arquitetos etc. — também podem se beneficiar muito com essa formação. Basta ter um interesse por empreendedorismo e gestão estratégica.

Como, nas últimas décadas, o papel do gestor financeiro migrou do controle puro e simples para a formulação de estratégias e tomada de decisão, esse tipo de profissional tornou-se um agregador de valor em uma empresa. Ele orienta e aconselha os demais setores e departamentos, pois consegue ter uma visão sistêmica da organização.

Essa mudança de papel ocasionou também uma alteração no perfil do profissional que trabalha com gestão financeira. Entender de números e ter um perfil analítico, capaz de interpretá-los, é o mínimo. Além disso, o mercado também exige uma criatividade bem aguçada, para propor soluções e apontar caminhos inovadores.

O gestor interessado na área deve ter boa capacidade de comunicação e negociação, pois ele precisará dialogar e interagir com pessoas dos mais diversos setores da empresa: marketing, recursos humanos, pesquisa, desenvolvimento de produtos, atendimento ao cliente etc.

Outra característica interessante que esse profissional precisa ter é a capacidade de calcular e assumir riscos. Em economia, uma das principais regras de atuação diz que riscos maiores pode levar a ganhos maiores — assim como perdas.

O gestor deve entender quais são os momentos para ser mais ousado ou mais conservador. Por fim, ele também precisa ser um gestor orientado a resultados, para saber aplicar os dados coletados durante o processo para maximizar os ganhos da empresa.

Veja uma lista de características desejáveis em um bom gestor financeiro:

  • transparência com relação à situação da empresa e também a si mesmo;
  • ética para cumprir com seus deveres profissionais e cívicos, sem tirar vantagem do próprio cargo;
  • inteligência emocional para a tomada de decisões e lidar com a pressão das somas com as quais terá que lidar;
  • liderança para comandar uma equipe coesa, capaz de fornecer um retrato fiel da situação financeira da empresa;
  • proatividade para buscar as melhores alternativas e soluções;
  • eficiência, para encontrar essas soluções em tempo hábil;
  • disciplina para perseguir as metas e encará-las como desafios constantes;
  • comprometimento com as metas e com o planejamento estratégico;
  • resiliência para entender quando é o momento de mudar o planejamento, se isso for criar mais valor para a organização.

Para quem pensa em fazer o MBA na área, o ideal é ter alguns anos de experiência em cargos de gestão. Dessa forma, é possível aproveitar melhor o curso e também dar contribuições valiosas para as discussões em sala de aula, colaborando para um nível mais alto da formação.

Proposta do curso

O MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria da FGV foi desenvolvido com o propósito de dar uma cobertura abrangente para quem deseja ter uma boa formação em gestão estratégica. Logo, ele é indicado para os profissionais da área de finanças, mas também para quem não é da área, mas é empreendedor e precisa gerir o próprio negócio.

O curso tem como objetivo desenvolver uma visão sistêmica das atividades organizacionais, de modo a gerar valor para a companhia. Os alunos também vão adquirir conhecimentos técnicos que os qualificam para assumir postos de liderança — tanto gerindo equipes nas organizações em que já trabalham quanto em suas próprias empresas.

Durante as aulas, os profissionais poderão desenvolver melhor o conhecimento de suas próprias competências comportamentais. Com isso, eles se tornam aptos a elaborar um plano de carreira de acordo com a trajetória personalizada que cada um deseja seguir.

O MBA da FGV também desenvolve as competências técnicas nas áreas de finanças, contabilidade gerencial e societária, de forma a se tornarem agentes transformadores do plano estratégico da empresa em medidas táticas e operacionais que agreguem valor à organização.

Muita gente tem receio da gestão financeira por acreditar que trata-se somente de uma sucessão infinita de números. Alguns temem a matemática, outros, uma suposta monotonia no dia a dia de trabalho — mas todos se enganam. A real essência da gestão financeira está na estratégica e no pensamento crítico.

Se você se enxerga ocupando um cargo em uma área tão vital de uma empresa, acesse nosso site e conheça mais sobre o MBA em Gestão: Finanças, Controladoria e Auditoria.

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