Você já percebeu como está difícil prever eventos e cenários? É como se tudo estivesse girando a uma velocidade supersônica que não permite sabermos, nem de longe, como será o dia de amanhã. Na literatura acadêmica, principalmente voltada à administração e negócios, existem vários termos que se referem a essa crescente incapacidade de compreender o mundo e lidar com as coisas que acontecem ao nosso redor. Entre elas, podemos citar a expressão “mundo VUCA”.

Incerteza, turbulência, mudança rápida, dinamismo, ruptura, complexidade, hipercompetição e mercados de alta velocidade são algumas nuances que dão a dimensão desse ambiente incontrolável. Como conduzir os negócios e assumir uma liderança eficaz, se tudo o que viemos fazendo até agora já parece não ser mais suficiente para termos as respostas desejadas?

Para que você tenha insights sobre como seu modelo de gestão deve se comportar em meio a esse “aparente caos”, redigimos este artigo para explicar o que é o mundo VUCA e quais os desafios para uma liderança sólida, antenada com essas constantes transformações. Acompanhe!

1. O que é o mundo VUCA?

Vivemos em um mundo de rápidas mudanças e sobrecarga de informações. Com a era digital, a sociedade sofre amplas transformações, com consequências de longo alcance. Isso inclui a maneira como nos comunicamos, criamos e coletamos conhecimento, viajamos, ouvimos música, fazemos compras, e até como iniciamos, construímos ou encerramos um relacionamento.

Dificilmente podemos imaginar um mundo como era uma década atrás. Lenta mas seguramente, conceitos centenários como família e nacionalidade migram para uma nova realidade.

Em meio a tudo isso, estão as empresas e líderes, que precisam acompanhar tais transformações na mesma velocidade. Como resultado, as organizações precisam continuamente adaptar seus produtos e serviços, bem como a maneira como produzem, divulgam e fazem negócio.

Com isso, vê-se que as organizações estão tentando desesperadamente ser proativas, imaginando como o mundo poderia ser amanhã e desenvolvendo continuamente novos produtos e serviços. Com tamanha imprevisibilidade, tentativa e erro tornaram-se a única maneira de avançar nos setores em rápida mudança da economia.

Isso está levando as empresas a se reestruturarem fundamentalmente. São necessários modelos de negócios diferentes, estruturas organizacionais inovadoras, novos perfis de colaboradores, liderança altamente criativa, mas capaz de propor interações mais humanizadas, entre outros.

Como você pode se preparar para um futuro que você não pode prever? Aí entra o conceito de mundo VUCA, que vamos mostrar agora!

1.1. Conceito

VUCA é um acrônimo em inglês para as palavras volatility, uncertainty, complexity e ambiguity (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade). Oriundo das forças armadas norte-americanas, conceitualmente VUCA diz respeito a essa realidade contemporânea que torna impossível qualquer previsão, na qual tudo muda a todo momento, a ponto de parecer que o mundo está tão fluido quanto a água.

Para o mercado e os negócios, mundo VUCA refere-se a eventos imprevisíveis que acontecem fora de uma organização, o que torna mais difícil para os líderes tomarem decisões. Assim, tentando entender tudo isso, os CEOs estão se referindo cada vez mais a esse ambiente em mudança com o termo VUCA.

1.2. Origem

Uma das primeiras referências ao mundo VUCA estão em um artigo de 1992 no Journal of Management Development, intitulado “Developing strategic leadership: The US Army War College experience” (Desenvolvimento de liderança estratégica: a experiência do US Army War College).

No artigo, o autor Herbert Haber descreve uma conferência de 1991, realizada pelo Colégio de Guerra do Exército dos Estados Unidos e o Instituto de Pesquisa do Exército para as Ciências Comportamentais e Sociais norte-americano para discutir a liderança no topo das grandes organizações.

Um dos aspectos da liderança estratégica mais evidenciados foi o ambiente, ou o contexto no qual os líderes estratégicos devem agir. Mesmo quase 30 anos atrás, o ambiente descrito pelos participantes da conferência foi repleto de turbulência — da incerteza geopolítica ao avanço tecnológico.

Anos antes, em meados de 1986, o mesmo Colégio de Guerra do Exército norte-americano já havia decidido usar o acrônimo VUCA como uma forma de ajudar seus alunos (tipicamente oficiais militares de alta patente) a caracterizar a turbulência que enfrentariam, a fim de assumirem posições de liderança cada vez mais estratégicas. Nessa época, nos aproximávamos do fim da Guerra Fria, cujo término culminou com o desmembramento da União Soviética.

Já no século XXI, o General Stanley McChrystal escreveu o livro “Team of Teams” para demonstrar como o exército norte-americano precisou reaprender tudo o que sabia sobre conflitos armados e o funcionamento do mundo para poder lutar na Guerra do Iraque.

Havia dois problemas básicos: de lado um modelo de hierarquia centralizadora e várias agências funcionando de correspondente, o que dificultava a comunicação; de outro, a AlQaeda tinha um planejamento de ações veloz, pautado pela tecnologia, tornando impossível qualquer previsão de ataque.

Indo além do campo de batalha, McChrystal apontou como os desafios enfrentados no Iraque podem ser relevantes para inúmeras empresas, organizações sem fins lucrativos e outras entidades. Propôs um novo estilo de liderança, com pensamento crítico, focado nas reais necessidades que as rápidas mudanças mundiais impõem e todo o potencial de transformar organizações grandes e pequenas.

1.3. Características

Agora, vamos conhecer as características do mundo VUCA por meio do significado dos termos representados por cada uma das letras, de acordo com a organização alemã VUCA World.

1.3.1. Volatilidade

Parece que o mundo está escorrendo por nossas mãos, tamanha a velocidade com que as mudanças estão acontecendo. À medida que os eventos se desdobram de formas completamente inesperadas, está se tornando impossível determinar causa e efeito.

Um bom exemplo disso são os meios de comunicação. O rádio levou 38 anos para ter uma audiência de 50 milhões de pessoas; a televisão conseguiu esse feito em 13 anos; a internet, 4 anos; o Facebook, 3 anos; o joguinho Angry Birds levou 35 dias; o Pokémon, 22 dias.

1.3.2. Incerteza

Está se tornando mais difícil antecipar eventos ou prever como eles se desdobrarão. Previsões históricas e experiências passadas já não têm a mesma relevância e raramente são aplicáveis ​​como base para prever a forma das coisas que estão por vir.

Com isso, está se tornando quase impossível planejar investimentos, desenvolvimento e crescimento à medida que se torna cada vez mais incerto para onde o trajeto está levando.

1.3.3. Complexidade

Nosso mundo moderno é mais complexo do que nunca. Quais são as razões e os efeitos? Problemas e suas repercussões dividem-se em multicamadas mais difíceis de entender. Essas camadas também se misturam, tornando impossível obter uma visão geral de como as coisas estão relacionadas. As decisões são reduzidas a uma emaranhada rede de reação e contrarreação — e escolher o caminho correto é quase impossível.

1.3.4. Ambiguidade

Não dá mais para tentar padronizar as coisas ou as melhores práticas, como se todos os grupos e realidades fossem os mesmos. Em outras palavras, o mundo binário deixou de existir. Nem tudo é preto e branco — o cinza também é uma opção. No Facebook, por exemplo, a dicotomia homem–mulher cai por terra ao serem apresentadas 56 possibilidades de gênero para serem definidos os públicos-alvo.

Com isso, as demandas das organizações modernas e do gerenciamento são mais contraditórias e paradoxais do que nunca, desafiando nossos sistemas de valores pessoais. Tomar decisões requer coragem, inteligência emocional e disposição para cometer erros.

2. Quais são os principais desafios do mundo VUCA?

Há muitas coisas que podem ser consideradas voláteis, incertas, complexas e ambíguas. Ao refletir sobre a existência de cada negócio, surge um cenário muito complicado. A tecnologia está em constante movimento; os clientes agora são o centro dos negócios, e eles definem desde os tipos de produtos que gostariam de adquirir até os valores que gostariam de ver nas empresas. Além disso, a fidelização está cada vez mais difícil, e por um deslize muito pequeno, ou mesmo uma opinião que não agrade, a reputação da empresa vai por água abaixo.

Soma-se a tudo isso, os novos desafios da tecnologia, globalização e mudanças demográficas na força de trabalho. Todavia, embora as mudanças sejam inevitáveis, muitas empresas se sentem desconfortáveis ​​com as perspectivas que precisam assumir para manter o sucesso. Para que os desafios do mundo VUCA fiquem mais claros para você, separamos 4 deles para reflexão. Confira:

2.1. Impactos da tecnologia nas relações de negócio

O advento da era digital mudou completamente as relações de negócio, e entender seu funcionamento tem sido prioridade para as organizações. Por um lado, a tecnologia oferece oportunidades, abre possibilidades e promove a eficiência; por outro, não saber acompanhar esse dinamismo também representa uma ameaça aos negócios, que já atuam de longa data.

Um dos principais exemplos dessa mudança está no uso dos smartphones, que já conta com mais de 4,6 bilhões de usuários no mundo. Com a informação a um ou dois toques de distância, os consumidores facilmente encontram o que querem, educam-se a respeito de uma organização e sabem, de fato, qual é o melhor custo-benefício.

Em consequência, os pontos de contato entre empresas e seus clientes ampliaram-se radicalmente, assim como a forma de encontrá-los e conversar com eles. Mais ainda, os meios de produção também estão passando por um grande processo de transformação digital, a fim de entregarem produtos e serviços de maior qualidade e com rapidez.

2.2. Escassez generalizada de competências

Profissões tradicionais estão entrando em extinção. Em razão das novas necessidades do mercado, outras carreiras estão surgindo, mas, curiosamente, há escassez de mão de obra altamente qualificada. Com isso, recrutar talentos “completos”, com perfil e técnica, está cada vez mais difícil.

Além disso, os profissionais já colocados não aceitam com facilidade quaisquer condições de trabalho e salários. Eles querem oportunidades reais de desenvolvimento e crescimento. Quando isso não acontece dentro do espaço de tempo planejado, facilmente eles migram para outra companhia.

Com isso, a competição por talentos tem feito as empresas repensarem suas estratégias de captação e retenção de profissionais, e já se fala em crise com relação à falta de futuros líderes nas organizações.

2.3. Crescimento de regulamentações e transparência

O mundo VUCA é pautado por crises de diferentes ordens, tanto na macro, quanto na microeconomia. Concomitantemente, novas perspectivas acarretam regulamentações e políticas que exigem das organizações outro tipo de ação.

Um exemplo é a onda de transparência nas operações das empresas de capital aberto versus mercado de ações. Como a bolsa de valores é um importante termômetro de investimento, qualquer evento pode fazer uma empresa e seus investidores perderem muito dinheiro.

E isso não está atrelado necessariamente ao core business da organização, pelo contrário. Questões de responsabilidade social, impactos das ações no meio ambiente, respeito à diversidade, corrupção e tantos outros aspectos recaem diretamente sobre a reputação da empresa.

Isso têm feito as empresas se preocuparem com outras questões relacionadas à sua missão, valores e a própria cultura organizacional, a fim de acompanhar as “exigências” do mercado para considerá-las idôneas e respeitáveis.

2.4. Estilo de liderança

A preocupação das empresas não está apenas na formação de líderes, mas, principalmente, no que se espera de uma liderança eficaz. O tradicional modelo de gestão autocrático, imperativo, que gere tudo de maneira distante já não funciona para lidar com as necessidades da empresa e dos colaboradores.

Por isso, o investimento em lideranças fortes, capazes de observar de forma global os cenários da organização, é fundamental para crescer no mundo VUCA e fechar as lacunas que podem gerar problemas de cultura e clima organizacional.

3. Como se preparar para a era de incertezas?

Para que uma empresa possa acompanhar o processo de disrupção originado pelo mundo VUCA, a gestão deve ser capaz de envolver uma força de trabalho multigeracional, trabalhar em equipe de forma colaborativa e ter inteligência cultural para além das próprias fronteiras.

Ao contrário do que muitos gestores imaginariam, mesmo com tamanha imersão no meio digital, as pessoas estão no centro da gestão. Dessa maneira, é fundamental que os líderes desenvolvam novas habilidades para conseguir enxergar competências individuais e como elas se comportam no âmbito da coletividade.

Para tanto, é preciso criar nos colaboradores uma mentalidade de que todos são corresponsáveis pelo crescimento da organização e devem contribuir com a gestão. Para isso, seus times devem ter direcionamento, alinhamento com os propósitos da organização e comprometimento com as estratégias e mudanças.

Além disso, a gestão deve se ocupar de ações para desenvolver mentalidades focadas na resiliência e crescimento pessoal. Organizações com essa visão reconhecem a importância de seu capital humano e investem no desenvolvimento de pessoas, incluindo treinamento em habilidades sociais.

Habilidades necessárias aos líderes no mundo VUCA

3.1. Visão sistêmica

A visão sistêmica diz respeito à análise global da conjuntura que envolve a empresa para, enfim, acontecer a tomada de decisão. Isso engloba ponderar todos os elementos externos e internos inerentes à vida corporativa, os quais incluem desde o mercado até o orçamento, metas da organização e nível de satisfação dos colaboradores.

Para que essa tarefa de tamanha envergadura seja exercida com eficácia, o líder precisa desenvolver um conjunto de conhecimentos e habilidades, tanto do ponto de vista analítico quanto prático. De um lado, seu foco será estratégico, envolvendo números, esquemas e planejamento; de outro, precisará usar recursos para uma negociação positiva com os colaboradores para que eles se engajem nos rumos que a empresa faz menção em seguir.

Toda essa rede de fatores compreende trabalhar sistematicamente. O líder que trabalha utilizando uma visão sistêmica tem muito mais chances de conseguir resultados acima da média. O motivo é simples: ao compreender de forma global os cenários e eventos que envolvem seu negócio, ele desempenha seu papel com maior eficiência e consegue estabelecer metas mais claras.

3.2. Desenvolvimento de times multifuncionais

Essa habilidade vai muito além de estimular o trabalho em equipe ou de ter colaboradores que saibam ser multitarefas. Os times multifuncionais são equipes multidisciplinares que se reúnem de acordo com demandas específicas para que cada profissional dê sua contribuição individual.

Esse tipo de estrutura contribui para que sejam derrubadas as barreiras entre as áreas da empresa e a comunicação se torne mais ágil. Com isso, a empresa consegue desenvolver melhorprodutos e serviços e facilita encontrar equipes de alta performance.

3.3. Colaboração

Na esteira da formação de equipes multifuncionais, está a importância da colaboração. Isso porque, em geral, as tarefas ou problemas a serem resolvidos são de alta complexidade e requerem um esforço conjunto. Cada um dos membros contribuirá com seus conhecimentos específicos, o que gerará um aprendizado mútuo.

A ideia é que, durante o tempo em que os colaboradores estiverem reunidos, todos consigam aumentar seu desempenho por meio da compreensão de que o resultado é a soma do trabalho de cada parte.

3.4. Gestão do campo social

A gestão do campo social consiste que times e líderes enxerguem todo o processo que rege a prática de uma estratégia. Ao enxergarem a razão de cada etapa, terão condições de rever como cada um está se organizando para a finalização da tarefa ou projeto, com foco no resultado esperado.

4. Qual é o papel das empresas no mundo VUCA?

Para sobreviver no mundo VUCA, as empresas precisam combinar uma série de abordagens que possibilitem a elas serem flexíveis. Essa combinação está presente nas práticas, metodologias e conceitos adotados pela organização. Trata-se de criar um modelo de gestão estratégica capaz de reagir rapidamente às mudanças do mercado e não fique refém de processos e mentalidades tidos como “consagrados” na raiz da cultura organizacional.

Lembra-se da tentativa e erro sobre a qual comentamos acima? Pois bem, as organizações devem construir um amplo espaço de experimentação, voltado justamente a testes, que permita o rápido aprendizado e autoajuste a partir das próprias falhas. Com isso, a criação e melhoria de produtos e serviços se torna mais eficaz.

Além disso, uma conquista primordial é apresentar soluções criativas que vão ao encontro das necessidades das pessoas. Sim, é preciso olhar para o mercado de forma humanizada e, como dissemos, com resiliência, a fim de entregar a coisa certa, para a pessoa certa e no momento ideal.

Sendo assim, na esteira da 4ª Revolução Industrial — ou seja, a transformação digital nos negócios —, é preciso compreender as necessidades dos clientes, qual é seu perfil, estilo de vida, anseios e até mesmo pontos de vista a fim de construir uma jornada de relacionamento que resulte em boas experiências.

5. Qual é a importância da cultura organizacional?

Para que esse novo pensamento de flexibilidade seja posto em prática, é preciso que a organização tenha uma base conceitual sólida, de forma que os colaboradores compreendam essa conexão com a nova realidade.

Nesse sentido, as lideranças corporativas precisam se empenhar em repensar a cultura da empresa, a partir da compreensão de quais efeitos o mundo VUCA está gerando na vida da empresa — incluindo os próprios colaboradores.

A partir dessa visão sistêmica, serão traçadas estratégias para tornar o ambiente de trabalho mais colaborativo, com distribuição nas tomadas de decisão, dando poder às pessoas e estimulando sua responsabilidade e autonomia. O objetivo é desenvolver movimentos ágeis que aumentem o potencial de realização da empresa e manter as pessoas conectadas ao chamado zeitgeist (termo alemão que significa clima cultural e intelectual do mundo de determinada época, ou seja, o “hoje”).

6. Como elaborar uma estratégia?

Se sua empresa deseja ter sucesso no mundo VUCA, separamos alguns aspectos essenciais à renovação de sua estratégia organizacional. Dê uma olhada:

6.1. Inovação

As tecnologias digitais atuais oferecem inúmeras maneiras de a empresa ficar conectada, conduzir os negócios e construir pontes entre pessoas, processos e produtos. Por isso, a inovação está entre as forças motrizes para que as empresas possam gerar vantagem competitiva e potencializar seu crescimento.

As empresas que se reposicionam para aproveitar essa nova realidade, implementando estratégias e táticas transformadoras para reformular seus mecanismos de crescimento, vão prosperar enquanto outras tropeçam ou morrem. Sendo assim, não poupe esforços para tornar sua empresa realmente inovadora.

6.2. Modelo de gestão

O modelo de gestão precisa focar em agilidade e flexibilidade para que a empresa não perca tempo com atitudes pouco produtivas. Por isso, o excesso de burocracia precisa ser eliminado, a comunicação e entendimento entre os colaboradores deve aumentar, e as formas de acompanhamento das lideranças precisam oferecer insumos que apontem se as estratégias da organização estão surtindo efeito.

6.3. Capacitação profissional

Preparar os colaboradores para responderem assertivamente às estratégias da organização é essencial. Para tanto, é preciso investir em programas de educação continuada e sistemas de mentoria que estimulem o compartilhamento de experiências. Além disso, invista em parcerias com consultorias e escolas de negócios para irem até sua empresa ministrar cursos, palestras e outras atividades a fim de ensinar conceitos e métodos que corroborem as estratégias da empresa.

6.4. Melhoria nos processos

Como dissemos, as organizações precisam definitivamente passar por um processo de “digitalização” (o termo se refere à transformação do negócio em digital). Essa, inclusive, é uma das principais premissas do conceito de inovação. Contudo, não significa apenas adquirir sistemas e comprar equipamentos — é preciso que a empresa toda passe a pensar digitalmente.

Garantir a sobrevivência de sua organização no mundo VUCA é um desafio que requer uma grande quebra de paradigma. Para conseguir tal façanha, é fundamental criar hábitos e padrões. Isso significa que todos os setores da empresa têm de se concentrar em descobrir o que é possível — porque tudo pode acontecer —, e não apenas se fixar no que é provável que ocorra, baseando-se em históricos anteriores. O mundo VUCA é volátil, incerto, complexo e ambíguo, portanto, difícil de desvendar.

Se você chegou até aqui, esperamos que este conteúdo tenha sido esclarecedor. Para receber conteúdos exclusivos sobre gestão de negócios e inovação, não deixe de assinar a nossa newsletter!

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