Liderar pessoas é uma habilidade cada vez mais desejada no mercado de trabalho. Quer você tenha o sonho de abrir a sua própria empresa, quer sua realização profissional esteja em um cargo de gestão em uma grande corporação, você precisará entender como comandar a sua equipe e extrair dela os melhores resultados.

Existem diversos perfis de liderança, e algumas pessoas já possuem essas habilidades. Mas isso é algo que pode ser trabalhado e desenvolvido com muita prática e estudo. Há várias formas de ser um líder inspirador e um exemplo para os seus subordinados. Quer saber como se transformar nesse modelo? Descubra tudo em nosso post! Boa leitura!

Quais são os tipos de liderança?

Até pouco tempo atrás, a imagem do líder era confundida com a do chefe: tratava-se de uma pessoa autoritária, com quem havia pouca possibilidade de diálogo e que obtinha resultados de seus funcionários utilizando-se do medo.

Felizmente, essa imagem faz parte do passado. Depois de anos de pesquisa sobre o ambiente organizacional, descobriu-se que outros tipos de relações fazem surgir resultados muito mais positivos e trazem vantagens antes não previstas pelos antigos dirigentes.

Mesmo que essas figuras ainda existam em algumas empresas, hoje, há muito mais líderes que são inspirações reais para seus comandados. Confira os diferentes estilos de liderança e veja com qual deles você mais se identifica!

Democrático

Um líder democrático é aquele que recorre ao time em todas as etapas do processo de tomada de decisão — e não apenas na execução das tarefas. As possibilidades e caminhos a serem seguidos são debatidos pelo grupo, e o líder tem um papel de mediador, estimulando a participação de todos, ao guiar as discussões.

Assim, a própria equipe é responsável por determinar as providências a serem tomadas para alcançar o objetivo desejado, tendo o líder como um conselheiro. Ele está sempre pronto para dar orientações quando necessário, além de sugerir outras alternativas que o grupo pode ter ignorado.

Além disso, a equipe também determina a divisão de tarefas e os grupos de trabalho. O líder não se encarrega da operacionalização. Em vez disso, ele assume o papel de um orientador, sempre disponível para ajudar em dificuldades e esclarecer dúvidas. Nas avaliações de feedback, ele procura se ater os fatos e fazer uma análise objetiva (tanto quanto possível, pois tudo que passa pelo filtro de uma pessoa está impregnado de subjetividades) da atuação de seus funcionários.

Autocrático

Esse tipo de gestor toma as decisões de forma autônoma, sem requerer a participação de sua equipe no que diz respeito à determinação das estratégias. Ele também define as providências e os caminhos que devem ser tomados e quais técnicas serão aplicadas para alcançar os objetivos traçados.

Também é característico desse tipo de liderança não revelar todo o processo logo de início. Esse tipo de gestor coloca a equipe a par das etapas a serem vencidas à medida que todos avançam na conquista das metas.

O autocrata acredita que entende melhor as dinâmicas entre os membros de sua equipe e que, por isso, sabe escolher os melhores colaboradores para as diferentes tarefas. Assim, é ele quem estabelece as divisões dos trabalhos e monta os grupos, sem que os funcionários tenham a chance de escolher com quem desejam trabalhar.

Nas avaliações de feedback, esse tipo de líder costuma ser mais dominante — e é comum que suas avaliações tenham um caráter mais pessoal. Ou seja, em vez de tomar como base os dados e números a respeito do desempenho de seus liderados, ele leva em consideração seus sentimentos e suas impressões sobre a pessoa.

Liberal

A liderança liberal tem um estilo laissez-faire que deixa completamente nas mãos da equipe todas as tomadas de decisão. A participação do líder é mínima — tanto para questões individuais como para questões coletivas.

O gestor deixa claro que pode fornecer informações, desde que os funcionários peçam, mas não se coloca ativamente nas discussões. Ao contrário do líder democrático, o liberal não exerce o papel de um guia. Ele está mais para um guru (ou um xamã), que precisa ser buscado com dúvidas pontuais e específicas, para dar alguma contribuição — também pontual e específica.

A divisão de tarefas e a montagem das equipes de trabalho, como não poderia deixar de ser, fica a cargo dos próprios liderados — assim como a definição das estratégias, da ordem das ações a serem tomadas e das ferramentas utilizadas na realização do trabalho.

Esse tipo de liderança não possui um sistema regular e periódico de feedbacks. O liberal só dá retorno sobre a atuação de seus subordinados quando é solicitado. Por isso, ele também não tem o hábito de avaliar a performance do grupo durante a execução das tarefas, nem de tentar corrigir direcionamentos inadequados enquanto eles ainda estão em progresso.

O autor Marcus Possi, em seu livro “Gerenciamento de Projetos Guia do Profissional Vol 2 Aspectos Humanos e Interpessoais“, cita estudos realizados com os três tipos de lideranças para testar qual delas apresentava melhores resultados em termos de produtividade e eficiência.

A pesquisa revelou que o pior desempenho ficou com os que foram comandados por um líder autocrático. Os níveis de ansiedade e estresse entre os membros do grupo aumentaram muito, e os liderados sentiam-se incapazes de agir por conta própria. Por isso, toda vez que o líder se ausentava, os trabalhos eram interrompidos.

O grupo liderado pelo liberal saiu-se um pouco melhor. Eles conseguiam tomar suas próprias decisões e ficaram menos ansiosos do que os membros do primeiro grupo. Porém, perdiam muito tempo em discussões para decidir todos os aspectos do trabalho.

No topo do ranking ficou a equipe liderada por um perfil democrático. Os membros construíram uma boa relação entre si e com o próprio líder. Além disso, o grupo exercia suas atividades mesmo na ausência do líder, e o trabalho transcorreu em um ritmo constante, com menos estresse e de forma mais segura.

Quais as competências necessárias para liderar pessoas?

Independentemente do segmento em que atua, há diversas características que auxiliam o líder a motivar e coordenar suas equipes. Todas elas podem ser desenvolvidas por meio de autoconhecimento e estudo.

Saiba quais são as principais competências que um bom gestor empresarial precisa ter para liderar pessoas:

Transparência

Ainda existem gestores que acreditam que seus subordinados não têm a maturidade ou a competência para lidar com toda a complexidade da situação. Outros sentem-se inseguros e ameaçados pelo risco de perderem o posto de liderança.

Em ambos os casos, esses líderes acabam escondendo parte da informação de sua equipe, ou soltam os dados em doses homeopáticas: somente o suficiente para que eles executem aquela tarefa específica.

Porém, em vez de proteger o líder, esse tipo de postura o deixa exposto, pois as chances de os funcionários não corresponderem ao esperado são grandes. Por isso, a transparência é uma das qualidades indispensáveis para um bom líder — e é fundamental para aumentar a confiança da equipe em seu comandante.

Empatia

A palavra “empatia” tem sido muito falada no contexto corporativo. Mas muita gente ainda não captou o real sentido do termo. Superficialmente, ter empatia quer dizer conseguir enxergar o mundo do ponto de vista de outra pessoa. Mas dá para ir além.

Muito mais do que enxergar, é preciso sentir. Quando falamos em empatia para liderar, o gestor precisa realmente colocar-se na posição de seus subordinados e entender suas limitações, dores, seus problemas — e quais qualidades estão subutilizadas.

Muitas vezes, isso não será dito com palavras — mas comunicado na linguagem não verbal dos gestos, olhares e nas entrelinhas das opiniões dadas nas reuniões. É preciso ter sensibilidade para captar essas mensagens sutis.

Firmeza nas decisões

Permitir-se mudar de opinião é uma virtude. Mas isso é muito diferente de não ser firme em suas decisões. Para inspirar confiança em sua equipe, o líder precisa estar convicto de que segue o melhor caminho para alcançar os objetivos propostos. Ele precisa fazer uma escolha e seguir confiante.

Isso não significa ser uma pessoa autoritária, que se recusa a escutar a opinião dos outros. Significa ter a confiança de assumir os riscos de uma decisão e ser flexível a mudanças, caso os resultados não sejam iguais ao esperado.

Trabalho em equipe

Você já viu uma competição de remo? Nos barcos, as equipes podem ter de dois a nove membros. Em muitas delas, há um timoneiro — um atleta cuja função é simplesmente ditar o ritmo das remadas, para que todos façam o mesmo movimento sincronizado.

Apesar de ter o controle e poder dar ordens ao seu bel-prazer, o timoneiro sabe que precisa trabalhar em sintonia com os demais membros da equipe — ou o barco não vai sair do lugar.

No ambiente corporativo, funciona da mesma maneira: o líder precisa trabalhar em colaboração com os seus funcionários, para que os resultados de um potencializem as ações do outro, refletindo no aumento da produtividade e na melhora do desempenho de todo o grupo.

Boa comunicação

Um dos grandes segredos de uma gestão de sucesso está na comunicação. Para que todos deem o melhor de si e executem as tarefas com precisão, eles precisam saber exatamente o que é esperado, qual é a missão a que estão dedicados, de que forma o trabalho de cada um se relaciona com o dos demais membros da equipe. Tudo isso só é possível se o líder fizer um bom trabalho de comunicação, dando instruções claras e diretas.

Mas não é só isso! Ser um bom comunicador pressupõe também saber ocupar o papel do ouvinte. Além de falar bem, o líder precisa saber ouvir os feedbacks de seus funcionários. Assim, ele poderá propor novas e eficientes soluções para as questões trazidas pela equipe.

Proatividade

Uma última competência que uma liderança precisa ter é, sem dúvida, a proatividade. Afinal, você é o guia de um grupo bastante heterogêneo. Portanto, não dá para ficar esperando alguém dizer o que você precisa fazer — você é a pessoa que dita os próximos passos do caminho!

Como liderar pessoas de diferentes perfis?

Em sua jornada como líder, você vai lidar com pessoas de diversas formações e índoles. O que elas têm em comum, porém, é que todas elas precisam se sentir envolvidas com o projeto, valiosas para o trabalho que está sendo executado e capazes de contribuir com o máximo de sua capacidade.

Existem algumas técnicas para liderar pessoas de diferentes perfis. Conheça algumas delas para aumentar suas chances de sucesso com a equipe:

Novas gerações

Os jovens que estão entrando no mercado de trabalho agora têm um perfil muito diferente dos trabalhadores com 15 ou 20 anos de experiência. Os nativos das gerações Y e Z vivem no imediatismo. Se os profissionais da década de 1990 sonhavam em construir carreira em uma mesma empresa, os jovens possuem um sonho de trajetória — e vão persegui-lo onde houver mais oportunidades para isso.

Eles se interessam pelo propósito, gostam de se envolver nas grandes decisões e desejam ter um contato direto com as pessoas que admiram. Lidam melhor com estruturas pouco hierarquizadas e com relações descomplicadas.

Por tudo isso, se você lidera uma equipe de jovens profissionais, é muito importante fazer com que eles se sintam valorizados e reconhecidos. Além disso, é interessante envolvê-los nas tomadas de decisão. Outra dica valiosa é manter um ambiente com relações mais horizontais, em que a voz de todos tenham o mesmo peso.

Profissionais com mais tempo de mercado

Hoje, a nova geração está cada vez mais capacitada. Além de cursos universitários de qualidade, é muito comum que jovens recém-formados já optem por fazer uma pós-graduação ou até mesmo um mestrado. Isso leva a uma situação, no mínimo, curiosa: pode acontecer de você liderar uma equipe formada por pessoas bem mais velhas do que você. Nesses casos, é preciso ter jogo de cintura para conquistar o respeito dos seus subordinados e conseguir que eles sigam as suas orientações.

A melhor forma de lidar com isso é não ignorar a diferença de idade e de experiências. O líder deve dar espaço para que os membros da equipe se manifestem e demonstrem suas inseguranças e críticas. Ao mesmo tempo, ele deve adotar uma postura profissional, que passe credibilidade e mostre que, apesar da pouca idade, ele sabe bem o que está fazendo.

Esse tipo de situação também pode ser encarado como uma excelente forma de crescimento para todos os participantes. Enquanto você tem uma grande bagagem acadêmica, eles possuem anos a mais de experiência em campo. Então, aí está uma ótima oportunidade para a troca de conhecimentos e o enriquecimento de todos.

Pessoas difíceis de liderar

Em sua trajetória como gestor, é muito possível que você encontre e precise trabalhar com pessoas de temperamento difícil. Como líder, o seu desafio é tolerar esses indivíduos, integrá-los à equipe e extrair deles o melhor que podem dar, assim como deve ser com os demais membros do time.

O primeiro passo é fazer uma autoanálise e começar a mudar as suas próprias atitudes — no melhor estilo “seja a mudança que você deseja ver”. Pessoas difíceis demandam paciência, empatia e bons ouvidos. Não deixe de dar atenção às contribuições de um funcionário só porque ele é uma pessoa complicada de lidar. Certamente, ele também terá inputs valiosos para dar.

Essas pessoas — como todas as outras — também gostam de ser compreendidas e apreciadas por suas contribuições. Portanto, abrace as críticas e reivindicações desse funcionário, se elas fizerem sentido. Quando a crítica ou sugestão não couber naquele contexto, dê uma resposta firme, e explique por que não acha pertinente a colocação feita.

A palavra-chave aqui é “respeito”. Pessoas difíceis normalmente escondem personalidades frágeis, que tentam se proteger atrás de uma carapaça. Mostre que o ambiente é seguro e que o funcionário pode se abrir um pouco. Respeite essa fragilidade e permita que a pessoa consiga superar isso no seu próprio ritmo.

Assim, você será um líder no sentido mais abrangente da palavra: conseguirá guiar o funcionário profissional e pessoalmente, no sentido de autoconhecimento, aperfeiçoamento e crescimento.

Como melhorar minhas habilidades de liderança?

Para quem tem pouca experiência em cargos de gestão de empresas, toda essa lista do que se espera de um líder pode parecer assustadora. O cargo exige uma série de capacidades e competências até intimidadoras. Mas saiba que é possível desenvolver essas habilidades e tornar-se apto para atuar no papel de liderança.

Veja alguns exercícios que você pode fazer para ajudá-lo nesse processo:

Tenha metas mais claras

Em sua carreira como gestor, você deve ter muita capacidade de planejamento, pois disso vai depender o sucesso da empresa. Então, que tal começar a praticar com sua vida pessoal?

Para tornar-se um líder melhor, você precisa mapear quais são os seus pontos fracos e identificar a melhor forma de suprir cada uma dessas deficiências. Para isso, você deve estipular metas, que precisam ser claras tanto em termos de objetivos como de prazos, para que você consiga cumpri-las.

Faça um planejamento pessoal de carreira e estabeleça onde você gostaria de estar em um, dois, cinco e dez anos, por exemplo. Liste o que precisa fazer para alcançar cada uma dessas etapas. Se for necessário ajustar o planejamento ao longo do caminho, não tem problema. Com uma orientação feita por você mesmo, será fácil redefinir a trajetória a ser percorrida.

Conheça muito bem o seu negócio

A liderança pode ser exercida em qualquer área. Você pode ser um médico veterinário, um advogado ou um gestor em uma indústria. E em qualquer uma dessas situações, você pode ser solicitado a liderar uma equipe. Por isso, há um conjunto de habilidades que são coringas e valem para qualquer setor.

No entanto, o conhecimento específico sobre o negócio também é indispensável para um bom desempenho à frente de uma equipe. Grande parte do trabalho do gestor é tomar decisões, e seus funcionários dependem das suas escolhas para se sentirem seguros e desempenharem seus papéis com confiança e habilidade.

A única forma de conseguir tomar decisões bem pensadas, com risco calculado, boas projeções de resultados e, acima de tudo, segurança, é conhecendo profundamento o negócio em que você atua. Esse conhecimento pode vir pelos anos de experiência acumulada, podem ser adquiridos em um curso de MBA ou ainda uma combinação de teoria e prática.

Faça um MBA

Um curso de MBA é uma excelente forma de se capacitar para os cargos de gestão empresarial. O Master in Business Administration é uma pós-graduação voltada para quem deseja orientar sua carreira para as posições mais estratégicas de uma empresa.

Dessa forma, esse tipo de curso oferece uma série de vantagens do ponto de vista de aprimorar as habilidades de liderança. Em primeiro lugar, você poderá trocar experiências com pessoas que já atuam à frente de equipes há anos e vai aprender muito com o know-how desses gestores de nível sênior. Esse contato também será fundamental para melhorar o seu networking.

Além disso, você terá acesso a dados, pesquisas, metodologias e ferramentas atualizadas, que permitirão desenvolver um trabalho diferenciado dentro da empresa. Assim, é possível conquistar a admiração e o respeito das pessoas que fazem parte da sua equipe — e também dos seus superiores.

Outro ponto a favor do MBA aplicado à liderança é a qualificação oferecida. O mercado, hoje, tem uma grande dificuldade para encontrar pessoas qualificadas para ocupar os cargos de gestão, pois são poucos os profissionais que têm esse perfil. Ao cursar um MBA, você vai desenvolver as habilidades necessárias para ser um gestor orientado a resultados e também aprimorar seus conhecimentos sobre o mercado.

Liderar pessoas é uma tarefa de muita responsabilidade, que exige um investimento de muito estudo e prática para desenvolver as habilidades esperadas de um líder. Por outro lado, é também uma carreira recompensadora, que coloca você em posição de destaque na empresa e permite alcança grandes conquistas. Comece hoje mesmo a correr atrás desse sonho e torne-se uma inspiração para as pessoas!

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