Planejamento é qualquer atitude ou série de ações que visa ordenar tarefas ou recursos para o cumprimento de uma meta ou objetivo. A partir dessa definição, quando falamos em planejamento financeiro, estamos abordando as medidas que permitem organizar o orçamento para que uma meta seja alcançada.
E essa meta pode ser algo mais geral, como fazer sobrar dinheiro no final do mês; de longo prazo, como se planejar para ter filhos; ou mesmo mais urgente, como eliminar as dívidas. De qualquer maneira, todas elas passam por colocar em prática um bom planejamento financeiro.
Para ajudá-lo, fizemos um passo a passo para que você possa implementá-lo na sua rotina. Boa leitura!
1. Liste todas as receitas e despesas
Pense por um instante e reflita se você sabe, com precisão, quanto dinheiro entra na sua conta todo mês e quais são todas as suas obrigações. Quase ninguém conta com essa informação disponível de forma clara e precisa, muito pela falta de hábito de anotar tudo o que entra e o que sai do bolso.
Para mudar isso, é necessário adotar a prática de anotar todas as receitas e as despesas. Isso pode ser feito por meio de planilhas, em um caderno ou com o auxílio de aplicativos de smartphone, que geram relatórios e gráficos a partir dos dados inseridos.
Inclua toda as suas fontes de renda, como salários e aquelas obtidas em tarefas eventuais, por exemplo. Quanto às despesas, não ignore nenhum gasto, nem mesmo aqueles pequenos, como o cafezinho depois do almoço ou o chocolate no meio do dia. Ainda que aparentemente inofensivos, esses gastos têm o potencial de causar danos ao orçamento ao se acumularem.
Manter essa prática por algum tempo torna possível traçar um panorama sobre as finanças, parte essencial de um planejamento. Embora existam alguns pormenores (como a proporção da renda comprometida com despesas fixas), de modo geral, o mais importante é que não se gaste mais do que se ganha.
2. Dê preferência aos pagamentos à vista
Na hora de ir às compras, pagar à vista deve ser a regra, e comprar a prazo, a exceção. Além de facilitar a obtenção de descontos em alguns casos, a opção pelo pagamento no ato da compra evita o acúmulo de parcelas para os meses seguintes.
Para ampliar a economia, sempre compare preços antes de adquirir um produto. Mesmo diferenças de preço pequenas podem representar um bom desconto. Utilize a internet para agilizar esse processo e ter acesso a uma variedade maior de ofertas.
3. Use o cartão de crédito com cuidado
Quem tem cartões de crédito na carteira deve usá-los com parcimônia. Embora eles sejam um instrumento de pagamento seguro e que, muitas vezes, permite o parcelamento de compras sem acréscimos, os juros cobrados por quem não honra a fatura no mês seguinte estão entre os mais altos do mercado.
A tática para não se enrolar com as faturas é sempre pagá-las integralmente, e nunca o valor mínimo. Além disso, jamais considere o limite disponível como parte da sua renda. Manter, no máximo, 2 cartões também previne sustos quando a fatura chegar.
Outro custo inerente aos cartões que pode pesar no bolso são as anuidades. Verifique quanto é necessário desembolsar para mantê-los ativos e renegocie com a instituição financeira se o valor estiver muito alto. Ainda que existam os programas de milhas, nem sempre os benefícios conquistados compensam diante da anuidade paga. Se possível, procure por cartões que não cobram essa tarifa.
4. Tenha metas claras
As metas são importantes porque dão sentido e uma noção de propósito ao planejamento. Fica menos complicado manter hábitos financeiros saudáveis quando se sabe quais serão os resultados que eles trarão. Isso, inclusive, ajuda na motivação para continuar dentro do que foi planejado. Para que funcionem, elas devem ser realistas, objetivas e terem um prazo para serem atingidas.
A partir do estabelecimento das metas — que podem ser de curto, médio e longo prazo —, é possível determinar quanto dinheiro elas demandam e o que pode ser feito para atingi-las. Pense, por exemplo, em alguém cuja meta é fazer um MBA. Essa pessoa precisa saber quanto tempo o curso demanda e quanto ele custa para incluir isso no seu planejamento e avaliar quais serão os meios para que isso se torne realidade.
5. Forme uma reserva financeira
A existência de uma reserva financeira é fundamental para um bom planejamento financeiro. Com ela, fica mais simples resolver imprevistos que podem comprometer o orçamento, como o desemprego ou algum problema médico.
O ideal é que o montante acumulado seja suficiente para cobrir alguns meses das despesas mensais. Isso parece difícil, mas, com uma pequena fatia todo mês, é possível acumular um valor considerável. Algo como 5 ou 10% de todo o dinheiro recebido é suficiente nos primeiros meses. Progressivamente esse valor pode ser ampliado.
6. Aprenda sobre investimentos
Não é preciso se transformar em um especialista em aplicações financeiras, mas conhecer o básico sobre o assunto ajuda bastante. Em um primeiro momento, os investimentos ajudarão a proteger a sua reserva financeira da inflação pelo menos. No longo prazo, investir ajuda na realização das metas propostas.
7. Faça revisões periódicas
Um planejamento financeiro não é algo imutável. Ele deve ser reavaliado sempre e de forma periódica, principalmente para identificar se está surtindo o efeito esperado e se as metas estabelecidas estão mais próximas. Caso seja percebido algum ponto que esteja aquém do esperado, não hesite em realizar alterações para aperfeiçoar as finanças. Do mesmo modo, avalie seus hábitos para certificar-se de que eles estão dentro do que foi proposto.
8. Permaneça focado
A trajetória de qualquer um que passa a seguir um planejamento financeiro nunca é uma linha reta. Em alguns momentos haverá retrocessos que, muitas vezes, escapam do controle e fazem com que meses ou anos de disciplina financeira sofram um impacto.
Nesses momentos, é importante respirar fundo e pensar nos motivos pelos quais aquele planejamento foi feito. E o mesmo vale para os instantes nos quais tudo está organizado. Por isso, foco deve ser a palavra de ordem desde o primeiro passo. Ainda que a situação não esteja fácil, o esforço traz retornos que certamente valerão a pena.
Quer mais dicas de planejamento financeiro? Não quer perder nada do que acontece aqui no blog? Então assine nossa newsletter agora mesmo e receba os melhores conteúdos direto no seu e-mail.