Se você é ligado em tecnologia e consome conteúdos sobre o assunto, certamente já ouviu alguém falar a expressão “economia da informação”, mas você sabe o que é isso?

Uma primeira questão que pode deixá-lo intrigado é que, mesmo que você não trabalhe diretamente com isso, essa nova forma de economia vai afetar os negócios da sua empresa. Isso é um fato — não há como escapar. Portanto, se você deseja começar a entender melhor sobre o assunto para estar preparado para as mudanças que já estão acontecendo, fique ligado!

No post de hoje, vamos atualizá-lo sobre como funciona essa tendência. Continue a leitura do post até o fim!

A economia da informação

“Dados são o petróleo do futuro.” Essa frase foi dita por Brian Krzanich, CEO da Intel, no Websummit 2017, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, realizado em Lisboa. Quando diz isso, ele tem como parâmetros o valor dessa commodity — e também o seu potencial para mudar o mundo.

Explicando melhor: no século XX, o petróleo era a base da economia. Tanto usado como combustível para alimentar máquinas e meios de transporte, quanto na forma de outros derivados — presentes na construção civil, na indústria farmacêutica, no entretenimento, e em quase todos os tipos de plástico.

E o que a informação tem a ver com essa história? Tudo! Hoje em dia, a mineração de dados é uma das atividades mais rentáveis do mundo todo, com potencial para virar a mais rentável. Os relatórios que saem dos data centers, com recortes e finalidades distintas, moldam e alimentam todos os tipos de serviços, da educação à venda de carros.

A informação digital, porém, possui uma particularidade: só o fato de existir já faz com que essa commodity crie novas regras de mercado. A partir dos dados, surgem novas demandas, abordagens e, consequentemente, novas regulamentações e leis. A informação molda o mundo — e quem a possui, tem o mundo nas mãos.

As gigantes na área

Apesar de ser uma área muito nova, algumas empresas já se transformaram em gigantes nas atividades de data collection, data mining e comércio de dados. A mais óbvia delas é a Google. A empresa usa as informações coletadas de seus usuários (ou seja, a maioria dos usuários da internet no mundo todo) como ferramenta para os clientes que desejam anunciar na plataforma.

Com os relatórios de acesso fornecidos pela plataforma AdWords, é possível segmentar a publicidade on-line, investir menos dinheiro do que se investiria nos meios tradicionais (rádio, TV, jornais etc.) e ter um melhor resultado.

Nessa mesma lógica, funcionam o Facebook e o Instagram — que também pertence ao grupo de Mark Zuckerberg. Refinando os dados coletados de seus usuários, por meio de um elaboradíssimo algoritmo, as plataformas conseguem exibir os anúncios para um público mais propenso a comprar os produtos.

Com essa prática, essas companhias estão conseguindo algo que há 15 anos era impensável: fazer com que as verbas investidas no marketing on-line ultrapassem as destinadas à TV. Nos Estados Unidos, isso já é uma realidade, e o Brasil está indo pelo mesmo caminho.

A Netflix é outro exemplo que usa o data mining como combustível para seu negócio. Analisando o que cada consumidor assiste na plataforma, ela consegue sugerir programas de forma personalizada e fidelizar os clientes. Os dados também estão sendo usados para guiar a produção de novos conteúdos.

O que a sua empresa tem a ver com isso

Se você não trabalha diretamente com tecnologia — ou se a sua empresa atua em alguma área mais tradicional, como engenharia ou administração —, pode não enxergar onde você se encaixa nessa história. Mas acredite: você está inserido nessa nova dinâmica, de forma consciente ou não.

Para falar apenas o óbvio, sabendo como ler os dados e o que fazer com eles, você pode direcionar melhor as suas ações de marketing. Você poderá otimizar os seus recursos e ser mais objetivo em suas campanhas.

Além disso, os dados podem ser usados para outras ações, como a elaboração de novos projetos, a criação de novos produtos — ou até infoprodutos — e para o planejamento estratégico da empresa.

Um terceiro ponto relevante que precisamos abordar é a questão da relevância cultural. Organizações que não conseguem compreender as mudanças na sociedade — e as novas necessidades de seus clientes — ficam socialmente obsoletas e acabam assinando a própria sentença de morte. E os dados, apesar de não serem a única forma de fazer esse mapeamento, são um bom ponto de partida.

O outro lado dessa moeda

Essa revolução não se resume somente a números e relatórios. Como tudo que é fenômeno social, há aspectos muito complexos que também precisam ser levados em consideração — principalmente na tomada de decisões estratégicas para uma empresa.

Um desses pontos diz respeito à quantidade de informações sobre a sua organização que circulam na rede. Não se engane: você é cliente dessas gigantes de data mining, mas, ao mesmo tempo, é base de dados.

Nem tudo você vai conseguir controlar, até porque o simples fato de estar na rede já traz uma quantidade valiosa de informações. Mas, o que estiver ao seu alcance, você precisa administrar muito bem. O site da empresa, perfis corporativos nas redes sociais, interações com clientes e fornecedores, bancos de dados — são alguns exemplos. Cuide bem da sua presença on-line, pois ela está sendo observada.

Outra questão é a discussão sobre a privacidade. Essa ainda é uma ferida aberta no mundo da tecnologia. Estabelecer os limites do que pode ou não ser usado, em qual contexto, para quais fins é uma tarefa para, pelo menos, as próximas décadas.

Enquanto isso, proteja-se! Proteja também os seus clientes, pois você tem responsabilidades com eles. Em sua empresa, tenha uma equipe de TI competente e qualificada para guardar os dados mais estratégicos da sua organização e orientar sobre as melhores práticas on-line para evitar invasões da rede.

Agora, que você já conhece um pouco mais sobre a economia da informação, acha que está preparado para levar a sua empresa rumo ao futuro? Observe as novas tendências sob essa ótica e veja onde estão as oportunidades!

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