Conflitos no trabalho são inevitáveis. Seja por que uma pessoa não concorda com a metodologia adotada em determinado processo, ou por que acharam que alguém não merecia a promoção recebida, ou até atritos gerados por fofocas — esses desentendimentos sempre vão existir.
As divergências acontecem porque, no ambiente de trabalho, estamos constantemente lidando com pessoas — e isso é algo natural. O que faz toda a diferença é a forma como você lida com elas.
Quer aprender as habilidades necessárias e as maneiras mais eficazes para lidar com os conflitos no trabalho? Veja as nossas dicas a seguir!
1. Seja um bom ouvinte
Nenhuma verdade é absoluta. Portanto, em uma situação de divergência, sempre haverá — pelo menos — dois lados da mesma questão. Algumas vezes, nem é possível dizer que uma está certa e a outra, errada. Ambas podem ter razão, como também pode acontecer de ninguém estar certo. Como bom gestor, você deve procurar ouvir atentamente as partes envolvidas para, então, conseguir emitir uma opinião.
É fácil cair na tentação de dar uma resposta top-down para um conflito — por ser aparentemente mais rápido. Mas, certamente, essa não é a maneira mais eficiente de lidar com esse tipo de situação.
Por isso, tire um tempo para ouvir com cuidado o que cada parte tem a dizer para conseguir pensar em uma solução definitiva para o caso. Acredite: esse tempo não será gasto, será um investimento.
2. Não evite o conflito
O brasileiro já foi descrito pela sociologia como “o homem cordial”. Uma característica nossa é que temos uma tendência a evitar o conflito. Vamos tentando dar um jeito, tampando o sol com a peneira, até que a coisa toda acaba explodindo.
O melhor jeito de evitar que isso aconteça é lidar com o problema assim que ele aparece. Tentar empurrar com a barriga só vai fazer com que a coisa vire uma bola de neve. Portanto, quando um conflito surgir, não tente evitá-lo. Aceite que o embate existe e lide com ele.
3. Aja no tempo certo
Por falar em tempo, ele é um fator crucial na resolução de problemas. Se você tentar tocar na questão no calor de uma discussão, pode piorar a situação e se transformar em uma briga. Por outro lado, se deixar passar tempo demais, perde a ocasião de interferir e o fato esvazia-se de sentido.
Também não é ideal tratar um assunto enquanto os argumentos estão na base das suspeitas. O melhor momento, portanto, para tratar conflitos é assim que você consegue reunir evidências e dados que suportem um argumento.
Se a questão é de desavenças entre funcionários — o que pode levar a uma queda na produtividade — ter os dados em mãos ajudará a mostrar o problema com mais clareza. Se é uma discordância quanto a uma metodologia ou a uma decisão tomada, os dados mostrarão que o caminho escolhido foi o correto — ou não, e aí estará sua oportunidade de rever a decisão. Se o caso é uma fofoca, dados concretos encerrarão qualquer possibilidade de contra-argumento.
4. Reconheça sua culpa
Muitos líderes acreditam que um gestor nunca pode estar errado — nem quando realmente está. Essa postura está ultrapassada e demonstra pouca maturidade para lidar com as responsabilidades. Assim como qualquer outra pessoa, um gerente também é passível de erros.
Se esse equívoco (cometido de boa-fé) for o pivô do conflito, não tenha medo e assuma o seu erro. Arque com as responsabilidades das suas escolhas e tome isso como uma grande oportunidade para rever o caminho traçado. Isso vai melhorar o relacionamento com a sua equipe e com seus superiores, que verão em você um exemplo de retidão, dignidade e honestidade.
5. Foque no problema, não nos culpados
Em uma situação de discordância no trabalho, é muito comum que o problema se transforme em uma “caça às bruxas”. Todo mundo interessado em encontrar o culpado — e ninguém realmente procurando uma solução para o problema.
Quando um conflito se estabelece, é inútil sair em busca de culpados. O mais produtivo, nesse caso, é buscar uma solução satisfatória para a questão que gerou a discórdia.
O caminho encontrado enviará uma mensagem para a equipe sobre o código de conduta esperado, a linha de raciocínio do gestor e a forma como a empresa lida com questões parecidas. E tudo isso sem que você precise apontar o dedo para ninguém — o próprio colaborador que não estava com a razão vai reconhecer que tinha uma opinião equivocada sobre o assunto.
Dessa forma, além de resolver o problema, você ainda evita um clima de competição exagerada entre os membros da equipe. Isso mostra também que você é um gestor orientado a resultados.
6. Respeite as diferenças
Se todo mundo pensasse igual, não haveria conflitos, não é verdade? Os atritos existem porque todos nós estamos, a todo tempo, tentando negociar significados no meio social. Reconhecer isso é o primeiro passo para resolver os conflitos de forma produtiva.
É preciso realizar um exercício de empatia com as pessoas que estão em atrito para entender de onde parte o raciocínio de cada uma.
7. Busque uma solução compartilhada
As pessoas tendem a aceitar soluções que são construídas em conjunto. Assim, não pense que impor a sua vontade como gestor vai ser a melhor resposta para um problema na equipe. Mesmo que os funcionários aceitem aquele caminho temporariamente, a questão pode surgir novamente.
O melhor a se fazer, então, é negociar a solução com os envolvidos. Tente encontrar uma via intermediária que contemple um pouco dos dois lados do embate. Se isso não for possível, explique a solução que você encontrou e faça com que todos da equipe a entendam. Dessa forma, você terá embaixadores do seu ponto de vista, que farão as coisas funcionarem em longo prazo.
Se você chegou até aqui, conseguiu perceber que a melhor forma de lidar com os conflitos no trabalho é com maturidade. Dedique-se ao problema como uma pessoa centrada e assuma que as partes envolvidas também são adultos e de boa-fé. Afinal, todo mundo vai para o trabalho querendo dar o melhor de si.
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